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Paixão e luta de uma mãe por sua filha e uma causa

quarta-feira, 17 fevereiro 2021 / Publicado em Sem categoria

Paixão e luta de uma mãe por sua filha e uma causa

Referência no atendimento a lesionados cerebrais, o Cerepal coleciona histórias de acolhimento

O ano era 1983. Horas antes de dar à luz ao segundo filho, Inajara recebeu um presente que mudaria a vida de um grupo de mães da zona sul de Porto Alegre. A kombi foi doada em resposta a uma carta que escrevera para a Dionéia Soares, esposa do então Governador do Rio Grande do Sul, Jair Soares. “Na carta eu falei da nossa luta e da dificuldade em pegar quatro ônibus por dia, para levar nossos filhos com lesão cerebral para atendimento até a zona norte da cidade”. A felicidade só não foi completa porque ninguém sabia dirigir. Foi a vez da solidariedade. “Eu bati no Touring (clube de prestação de serviços a veículos, cuja sede era na Avenida João Pessoa), contei a história e disse que precisava aprender a dirigir. Então eu e outra colega ganhamos autoescola de graça, fizemos o curso e, dez dias depois, eu estava dirigindo uma kombi cheia de crianças”, lembra.

A necessidade do grupo de mulheres era garantir o transporte dos filhos até o Cerepal, centro de reabilitação para lesionados cerebrais localizado no bairro Passo D’Areia, entidade referência no atendimento a crianças diagnosticadas com o problema. Foi onde Inajara Lafourcade encontrou tratamento para a filha mais velha, Janaina, e aprendeu a lidar com a criança especial. Hoje, a história de mãe e filha se confunde com a trajetória da instituição.

“O acolhimento que eu tive foi muito importante e muito bom, além de eu poder tratar bem a minha filha eu também fui muito ajudada a entender o que era. Desde pequena ela fez fisio, fono, terapia ocupacional, oficinas onde as crianças aprendiam a se alimentar, a tirar as fraldas. Daí eles desenvolviam motricidade motora, intelectual, a gente vai se integrando no Cerepal”, conta a mãe de Janaína, que tem 45 anos e frequenta a instituição desde os dois anos.

Fundado em 1964, por um grupo de 15 pais em busca de atendimento especializado para os filhos com lesão cerebral, o Centro de Reabilitação de Porto Alegre (Cerepal) atende diariamente 170 pacientes infantis e oferece reabilitação física e mental a 300 adultos. Ao todo são seis mil atendimentos mensais de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional, assistência social e hidroterapia. A listagem inclui ainda serviço social, escola com ensino voltado à preparação para a inclusão de 120 alunos no aprendizado regular, dispensação de cadeira de rodas, órteses e próteses e, desde o início de 2020, atendimento especializado para autistas. Uma das marcas do serviço é o acolhimento também dos familiares, que trocam experiências e compartilham histórias de superação.

A principal renda da instituição, que é administrada pelos próprios pais, vem de convênios com prefeituras, Governo do Estado e União, já que todos os pacientes são encaminhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Inajara, que já tinha sido eleita presidente em 2004, reassumiu a direção do Cerepal no ano passado. Ela conta que manter as contas em dia está cada vez mais difícil e precisa lidar com um déficit de R$ 50 mil mensais. Para contornar a falta de recursos, a entidade conta com a ajuda de doações. Parte delas vem do Imposto de Renda, através do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Funcriança), e também participa de outros projetos que tragam alguma fonte de renda, como Tampinha Legal e Nota Fiscal Gaúcha. Ainda disponibiliza contas bancárias para depósitos e recebe donativos. “Alimentação, material de higiene, de limpeza, tampinhas de plástico, toda doação é muito bem vinda. As roupas que recebemos são revendidas em um brechó, nosso grupo de mães é bem atuante”, explica a dirigente. As contribuições são revertidas em equipamentos e melhorias na estrutura oferecida aos pacientes.

O engajamento de Inajara se justifica pela própria trajetória. Ela recebeu o diagnóstico quando Janaina tinha dois anos. “Minha filha nasceu prematura, de 6 meses e ficou na incubadora por 90 dias. Ela era muito linda e eu notava que ela não sentava, não engatinhava. Com a minha inexperiência, eu demorei para buscar respostas para as minhas perguntas”. O diagnóstico do neuro pediatra assustou a mãe de primeira viagem, que teve a vida completamente alterada. “Ninguém engravida pensando que virá uma criança especial. Quando chega esse momento, a gente acha que não tem problema e vai levando. Um amigo da família indicou o Cerepal e meu marido me convenceu. O acolhimento que eu tive foi muito importante, além de eu poder tratar bem a minha filha eu também fui muito ajudada a entender o que estava acontecendo. Eu tive que parar de trabalhar porque não consegui uma creche que quisesse ficar com ela, fomos aprendendo com a vida, aos trancos e barrancos. A minha vida passou a ser de dedicação à minha filha e de ir à luta”.

A exemplo de outros pais, Inajara reconhece que a ligação de mais de 40 anos com a “família” Cerepal foi determinante. “Eu aprendi a amar, me dediquei, fiz uma segunda família, porque a gente passa muito tempo ali, com outras pessoas. Cada um vai contando a sua história e a gente se ajuda muito. Me perguntam ‘como tu consegues amar tanto o Cerepal’? Sei lá, foi esse lugar que eu cheguei, conheci e abracei, é uma paixão”, conta, enquanto enumera as conquistas de Janaina. “Hoje ela tem oportunidade de vivências igual às outras pessoas e gosta do que é radical. Minha filha é atleta de bocha adaptada, faz corrida de rua, trilha, pratica atividades no mar, faz tudo o que aparece. Hoje o mundo tá maravilhoso”, comemora, lembrando de uma época em que essas crianças eram pouco vistas pelas ruas. “A gente tem que aceitar, hoje as coisas são mais abertas, mais fáceis. E tem esse movimento todo, de integração, nós tivemos uma luta muito bonita”.

A administradora engajada e mãe dedicada, hoje aos 65 anos, não abre mão de dirigir, ela própria, uma kombi que cruza a cidade com pacientes em busca do tratamento necessário. O valor cobrado pelo transporte é simbólico, para cobrir as despesas com o veículo, e as idas são em dias alternados, por causa da pandemia. “Se tu perguntares qual é a parte do meu dia que eu mais gosto, é quando eu estou levando as minhas crianças. Eu ajudo outras pessoas e a minha filha também está indo, elas começaram pequenininhas e a maioria hoje já é adolescente. O momento que eu amo é quando eles estão dentro daquela kombi”.

 

Sobre o Cerepal

www.cerepal.org.br

https://www.facebook.com/CerepalOficial/

Intagram: @vivacerepal

Para a imprensa

Texto: AgroUrbano Comunicação

Foto: Cerepal

Fone/Whats: (51) 99165 0244

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